terça-feira, 9 de setembro de 2008
Liberdade em cena
Naquele momento, parecia que eu tava morta, seca, definhada de tanta tristeza. Nessas horas, como boa humana, tenho a grave tendência de achar que meu mundo caiu e o amanhã não chegará jamais. Tempo. É tudo o que precisamos nos dar. Mas como é difícil precisar o Tempo. Acordava querendo saber se era aquele o dia em que já teria tudo passado. Se era o dia em que minha vida recomeçaria. Dia após dia. Até que pareci perceber a magia acontecendo. Nada vem em um estalar de dedos. Eu fui sentindo o movimento de mudança a cada entardecer que saía para correr; a cada noite em que a lágrima não vinha mais molhar meu travesseiro. Quase só sabia executar essas ações. Eu senti o rigor do inverno. A chuva fria no meu rosto em algumas noites se confundia com o meu choro cada vez mais morno. Já estou sentindo o aproximar da primavera. As cores brotam, os dias aquecem e meu sorriso está cada vez mais presente e brilhante.
Sou uma estação do ano! Sou um grande solstício. Seja em dezembro, seja em junho.
Sou livre e liberta, esperança e espera. Enfim, sou eu mais uma vez, pronta para recomeçar!
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