segunda-feira, 8 de abril de 2013

12.08.1997

As portas do castelo 
Estavam cerradas para pessoas cegas 
Vulneráveis ao arrombamento 
E ninguém sabia 
Num leve toque 
As portas se abriram 
Num arrombamento involuntário   

Sua marcha era lenta 
Quase erótica, exótica 
Me envolveu ironicamente 
Em sensações extasiantes
Não sei mais quem sou 

Só sei que dói 
E não sei mais quem sou 
Só sei que dói
 

Minha casa permanece desarrumada 
Meus armários, uma bagunça 
As gavetas pelo avesso 
Eu morta, no chão 
Portas desabadas 
Vida violada  
Armários, zona total 
Coração aos pedaços, pelas paredes 
De um castelo destroçado.

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