Foi preciso muita água rolar pra que eu começasse a compreender a tão intensa separação. E por que? Porque nada é do que o Tempo agindo sobre sentimentos. Logo, no início, vem o Medo. Nossa, como ele vem grande, imenso. Toma conta de todos os poros do corpo, agindo tal qual a uma ameba, se alimentando de tudo o que se pensa. Dominando a alma. Medo de que? Medo de ficar só, de perder os amigos, de não levantar nunca mais.
O Tempo é amigo das horas
Dos dias solitários e insanos
Da espera bendita
Da cura da dor
O Medo se cura com o Tempo
E o tempo, eu temo,
Não cure o medo
E me deixa só
O tempo trapaceia o medo
É amigo das horas
E com tanta demora
Continuo só
Preciso queimar sem sentir dor!
A dor do medo
Que, dizem, só se apaga com o tempo
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