segunda-feira, 8 de abril de 2013

12.08.1997 - De Novo!


Triste demais, sozinha demais, beijando bocas, abraçando corpos, querendo carinhos, querendo amor. Querendo demais. Chorando sem lágrimas, doendo de vazio. Perdendo o referencial, trilhando sem bonde e rasgando os pneus. Lágrimas de choro, vazio de dor. Bonde sem trilhos, maçã sem amor. Dinheiro falta e não dói; tesão sobra e não dói; fome dá e passa. Coração sem dono mata. Lentamente.

Bonde sem trilhos 

Montanha-russa sem emoção 
Choro sem lágrimas 
Maçã sem amor 
Suor sem calafrios 
Frio sem tesão 
Calor sem você 
Palhaço sem circo 
Lua sem Sol 
Estrelas sem brilho 
Desejo sem esperança 
Eu sem você 
Mitocôndria sem célula 
Almoço sem paladar 
Mãe sem filho pra amar 
Ironia não ter nada para ironizar 
Aconchego sem lar 
Música sem letra pra cantar 
Mãos sem "tato" pra tocar 
Só faço lamentar, chorando, até você aparecer 
Preu te amar



Será que eu usava dorgas pesadas?
-pelo visto, o bicho tava pegando!-

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